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quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

Suspiro sincero



Desses quem vem bem fundo da alma...

Coragem de apoiar-se no próprio desengano...
Não existe o certo...
Nem existe o errado...
Quando o espelho é suspeito...

De meu passado em cacos aproveito...
E no presente um mosaico faço...
Às vezes me atropelo...
E nas verdades nunca reveladas...
O futuro fica imaginário...

Já partiu o barco...
Está feito...
Na fantasia desse romântico
Do banco convite aceito...

Enfrentarei a tempestade que se aproxima?
Verei no espelho d'água a verdade que se pronuncia?
Não sei...
Preciso descobrir...

Não vou falar ...
Tal qual tolo na praça central...
Do que não vi...
Do que não quero ver...
Do breu que vivi...
Passou...
Vento levou...

De certo que o chão é comum...
Lembranças das cores...
Dores guardadas...
Quadros e fotografias...

Quero falar dos caminhos espontâneos...
Dos dias bonitos...
Das flores a enfeitar por onde ando e piso...
Do jeito que se dá...

Será que as pessoas não percebem que são bonitas quando se perdem?
E mais lindas quando se encontram?

Maestro de minha vida...
Que para reger a orquestra tenho que dar as costas para a platéia...

As possibilidades tornam-se vindouras...
E na beleza do que se foi...
Em prisma diferente a olhar...
O que está por vir...
O que está por chegar...
Do ponto que começa e termina este círculo sem fim de pensar...
Nada há se esperar senão um suspiro sincero...


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