Calçadas, ruas, vielas...
Curtas ou longas estradas...
Cunhando meu destino...
Bola de gude, peão , amarelinha ...
Chicotinho queimado, perna de pau...
Sapato de pobre...peteca...
Roubar a bandeira...
Molecada sapeca...
Infância querida que se foi...
E que aqui, agora, fica escondido...
No fundo de um coração ...
Não pelo tempo esquecido...
Chegou a puberdade...
Subia, descia, rodava...
Estranha jornada...
Tanto andava que até se dizia:
- Criatura...Vai afundar a calçada...
Dava de ombros...
Até ria...
De esquina a esquina se rodava...
Buscava um olhar daquela pessoa...
Conquista a ser realizada...
Cantava "Ronda" na madrugada...
Só quem me ouvia era a lua prateada...
Tantas besteiras, muitas bobagens...
Credo em Cruz...
Fiz sim...
Não me arrependo...
Eu vivi essas delícias...
Seguia satisfeito...
A vida não precisa ser perfeita...
Apenas ser sentida...
Não tenho mais os olhos da criança que tudo vivi...
De querer com mais doçura...
Desejar algumas loucuras...
Com tanto medo de revelar...
Escolhas têm ganhos e perdas...
Quero muito ainda...
Aqui...
Junto às pedras azuis...
Continuar a brincar...
Sandro Paschoal Nogueira
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