Todos nós vivemos assim...
Cada um, em particular...
Tem um estranho jeito de sentir...
De longas gerações...
De eras em eras passadas...
Surgi...
De um útero seguro fui expulso...
Chorei e aqui cheguei...
Lágrimas foram secadas...
Por beijos amados...
Abraços recebi...
Fui recompensado...
Pelo mundo que perdi...
Tão logo me vi querido...
Por todos envolvido...
O meu choro esqueci...
Ouvi estórias...
Contos de fadas...
Alimentado...
Bem cuidado...
Educado...
Cada vez mais ...
Fui crescendo...
O brilho de meus olhos...
Em infância serena...
É o que mais tenho saudade...
Antes de conhecer...
A disfarçada maldade...
Um sorriso verdadeiro...
Um inocente olhar...
Nunca deveria de nós ser tirado...
Assim tudo foi descortinando...
Véu por véu...
Ilusões fui conhecendo...
Alegrias e tristezas...
A todas mãos fui segurando...
E não é assim?
Balança que temos que ter por igual...
Para não enlouquecer nesse mundo afinal...
Processo penoso...
Não tão pouco merecido...
Aprender...
Crescer...
Amadurecer...
Sabedoria atingir...
Do cálice da amargura...
Beber até o fim...
Do bom vinho...
Saborear...
Só não poder deixar de sorrir...
Em Deus confiar...
Dele não se afastar...
Manter a chama acesa...
Custe o que custar...
Nas procelas que virão...
Nas pontes a atravessar...
Em sendas escolhidas ou levadas...
Pela nossa decisão...
Em noites sem lua...
Sem estrelas a nos guiar...
Até mesmo quando o vento frio soprar...
E minha carne tremer...
E meus ossos...
Não puderem mais aguentar...
Única verdade terei...
Minha história não terá fim...
Asas vou ganhar...
E novamente terei...
Um novo brilho no olhar...
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