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quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

Amanheceu...



Amanheceu...
Frio intenso...
Árvores chorando em sereno...
Nem brisa sussurrando...

Em meu jardim só ?
Pensava ele = o poeta triste =

Rumor dos mortos...
Nunca esquecidos...
Caminhando....
E no silêncio presente...
Doce perfume inebriante pairava...
Nem uma abelha zumbia...

"De onde vem esse perfume?"
Indagava para si, tal qual sino silencioso,sem receber afago merecido...

Enquanto no frio agonizava...
Seus chinelos no chão arrastava...
Em penosa caminhada tremida...

Olhos lhe aguardavam...
Todo seus movimentos sentidos...

"O que será que o poeta vai fazer?"
Perguntam os pássaros uns aos outros...
Sussuravam baixinho...
A hora e o momento não pediam...
Alegres gorjeios...

E na aurora que o dia bebia em taças...
Pelo mel no ar ele se guiou...
Cada pétala...
Cada flor ele encontrou...
Estrelas deixadas na madrugada...
Com as quais se enamorou...

Eis que setembro chegou...
Olho-de-boneca floresceu...
O quanto Deus é generoso...
Só para fazer o poeta sorrir...
Plantou orquídeas em seu jardim...




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