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quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

Um conto de fadas em Conservatória




Quisera eu ter um para dividir o meu colchão...
Não tem lobo mau...
Porém você encontra os docinhos...
Da chapeuzinho...

Fadas e donzelas morreram...
De cirrose fatal...
Bebem mais que o anormal...

Bruxas não fazem corrilho...
Vão em forrós... dançando saem do trilho...
Balançam e rebolam até o chão...
Desengonçadas e gordas...
Umas sem bunda...
Outras com bundão...

A mulher de branco , em madrugada, não vagueia em lua cheia...
Arrasta chinelos ao 1/2 dia...
Cabelo seco, mau cuidado...
Tornozelo rachado...

Mula sem cabeça não tem...
Melhor nem em detalhes adentrar...
Ogros continuam a se embebedar...

A cabra de um sabat...
Ninguém mais beija o ânus...
Em banheiros de bar...
Já tem muito oral...
Muita urina no chão...
Rezar sem ajoelhar...

Aliás o vampiro...
Quando do caixão levanta...
Só vai aos botequins tomar cana...
E sai de lá sem pagar...
Prometendo não mais voltar...
Mente mau...

O alquimista louco...
Esqueceu da pedra filosofal...
Ao povo pós estranhos...
Rende mais... mais lucrativo...
Mesmo fazendo tanto mal...
Gente sem juízo...

O dragão de São Jorge fugiu da lua...
Às vezes você encontra com ele aqui na rua...
Nem bico mais faz em castelo...
Toma cerveja em qualquer boteco...
O bafo de fogo...cheira a chulé...

Ontem vi uma harpia...
Tinha crista vermelha...
Parecia uma coruja...uma pomba suja...

E falando em pomba...
Vou lhe contar uma bomba...
A pomba gira não está na encruzilhada...
Você encontra com ela...
Na sarjeta sentada...
Não peça a ela...
Amor ou homem bonito...
Aqui isso tá raro...
Tá difícil...
Inexplicável...sem sentido...

Uma coisa não mudou...
O duende continua agricultor...
Afinal, aqui...
Tem muito consumidor...


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