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sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

Ele morreu...




#Ele #morreu...
Ninguém sabe o porquê...

Overdose de amor...
Talvez por sofrer...

Desde a tenra idade foi criança solitária...
Brincava sempre sozinho...
Seus sonhos era seu ninho...

De vontade forte...
"Diabo louro" era chamado...
Muito tímido...
Algumas vezes confundido...
Com moleque mau-criado...

Era diferente...
Brincava sozinho de pique-esconde...
De Deus ele se escondia...
E rindo como podia...
Desafiava a divindade...
Para lhe encontrar naquela folia...

Imaginava que o mundo era todo seu...
Estranha e grande fantasia...
Inocentemente feliz...
Enquanto crescia...

Ele dizia que era tão bom...
Quando o pai lhe carregava em seus ombros...
Seu avô o chamava de "bolinha"...
E quando sua mãe preparava guloseimas...
Não saia da cozinha...

Brincava no barro...
Caminhão...
Casinha...
Brincadeiras de roda...
Era só alegria...
Jogava peão...
Sempre ganhava na amarelinha...

Mas foi crescendo...
E triste foi ficando...
Descobriu o chorar...
Quando muitos no céu foram morar...

As peraltices deixaram saudades...
Quando se apaixonou pela primeira vez...
A criança foi embora...
O rapaz apareceu...
E na paixão não correspondida...
Sofreu...

Sonhou, um dia, ir embora...
O mundo descobrir...
Dizia que queria viver...
Fazer por merecer...
Continuar a crescer...
Não mais sofrer...

Então...
Na ilusão presente...
Conheceu muita gente...
Acreditando que tudo era bom...
Se perdeu...

O espelho lhe enganou...
Promessas falsas lhe fez...
Maldade o circundou...
Sua fé pereceu...
Sorriso perdeu...
Teve medo de abraçar...
Teve medo, de mais uma vez, se doar...

Anos foram passando...
E ele sempre lamentando...
Pelo mundo mágico que um dia acreditou...
Pela magia que terminou...

Nunca mais confiou...
Nunca mais amou...
Nunca mais sentiu...
Tudo esfriou...

As pedras azuis podem testemunhar...
Mas são caladas...
Não querem essa história contar...

As árvores jazem mortas...
Foram seus pais que plantaram...
Disseram a ele que, em suas sombras, teria abrigo...
Quando, já não mais aqui estivessem...

Tudo se foi...
Restou para ele o testemunho vazio dos tijolos...
Da casa que em dias passados...
Felicidade fazia morada...
Das belas flores de sua mãe...
Tão perfumadas...
Do colo do pai...
Abrigo escondido....

Descobriu lentamente...
O tempo é um professor...
A amadurecer...
Superar a dor...

"- Assim é a vida... " Dizia...
Aprendeu...
Acostumou...
A colecionar alegrias...
E guardar as tristezas também...

Do cálice da amargura...
Ele não bebeu...
Mas também não temia...
Sabia...
Que tudo nessa vida é efêmera...
Que termina um dia....
Desde a grande alegria...
Até a torturante agonia...

Ele confiou em Seu Criador...
Pois ter fé...
É aceitar sem realmente saber...
O que está para acontecer...
E sempre vale a pena viver...



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