Nesse útero que me abriga...
Em vôos espirais...
Como um anjo de longas asas...
Em sonhos nada convencionais...
Posso ir em todos os lugares...
A lugares sem nada...
A lugares com tudo...
No passado...no futuro...
Aqui posso catar alegrias...
Fazer estrepolias...
Dando-me aos profundos segredos...
Criando enredos...
Libertando qualquer julgamento...
Do que deveríamos ser e não somos...
O tempo escoa...
No oculto do ventre...
em mim mesmo enrolado...
para caber no que ainda vai ser...
No frio da realidade...
Ali fora a esperar...
Terei que enfrentar...
Água sonhando dormir...
Colo em mim mesmo encontrado...
Orvalho no chão derramado...
Fogo do céu que ilumina a casa...
Um expandir de asa...
Um trinado...
No meu mundo momento...
Redescoberto em mim...
Do caleidoscópio para a vida...
Vou fluir...
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