Em Conservatória...
Lembranças de outrora...
Conforme história ...
Em rocha maciça...
Cinzel e chicote...
Sob lágrimas nascia...
Aguardando...
Um dia...
Sonhada alforria...
Breve chegou...
Estrada de ferro...
Trazendo consigo...
Corte, aristocracia, imperador...
Em meio às festas...
Esqueceram da dor...
E como dantes...
Assim ficou...
Maria fumaça...
Que por ali passava...
Ia e vinha...
Todo o dia...
Chicote continuava...
Em grãos vermelhos...
Ouro, pedras preciosas...
Tudo levou...
Enfim ...um dia...
Liberdade sorriu...
Muitos partiram...
Poucos ficaram...
De outras terras...
Oceano atravessaram...
Túnel cruzaram...
Terra cultivaram...
Nova cidade renascia...
Vilarejo voltou a florescer...
Novos cravos...
Novas rosas...
Tantas flores e jasmins...
Diversas aves...
Aos céus cantaram...
Prenúncio do que estava por vir...
E com certeza chegou...
A guerra que a muitos chamou...
Lenços de cores variadas ...
Pesados por lágrimas acenavam...
Muitos que foram...
Jamais retornaram...
Mais, em meio a tanta dor...
Um violão chorou...
E nas pedras azuis...
Que também tem a contar...
Viu a magia...
Tristeza esconder...
Alegria renascer...
Em noites prateadas...
Janelas amadas...
Jóias sorrirem para o amor...
Lenços voltaram a acenar...
Para àqueles que prometiam voltar...
Em idas e vindas...
Felicidade sorria...
Paixão aflorava...
E o jardim crescia...
Um dia...
A fumaça e o apito...
Que a tudo anunciava...
Parou...
E o túnel, um pouco esquecido...
Por anos ficou...
Mais eis então...
Quando tudo parecia perdido...
Tudo mudou...
Com respeito de um senhor foi tratado...
Reformado, rebatizado, calçado e iluminado...
Portão de entrada...
Para um jardim encantado...
As flores renasceram...
Tantas outras mais que aqui chegaram...
Novas sementes deixaram...
Novas cores...
Novos pássaros...
Novos amores...
Sob os auspícios da lua...
Violões tocaram...
As pedras azuis voltaram a brilhar...
E nas lágrimas do túnel...
Com tantas histórias para contar...
Ainda estão lá...
Esperando você passar...
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