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domingo, 28 de janeiro de 2024

Sono interrompido

 



Existem saudades e fotografias...

E palavras que eu amaria ter-te dito...

Existe o sono interrompido...

E a agonia entre lençóis revolvidos...


Ainda terei o alento diante o pranto derramado?

Diante as horas que não passam...

Diante o tamanho vácuo?


A lucidez de não chegar o tempo...

As horas pesando diante tamanho sofrimento...

Os dias que passam lentos...

As madrugadas tão silenciosas...

As horas que jazem mortas...


Estátua a moldar o vento...

Flor morrendo entre o lodo...

Deitando a sorte em agonia...

Diante os dias a grosseiro modo...


Estando agora mudo, surdo e cego...

O abismo clama minha alma...

Ah sem ti como é penoso viver...

Sem estar junto a ti agora...


Hoje não sou eu nunca por inteiro...

A vida perdeu a cor...

A alegria alheia me aborrece...

Nada mais sei o que fazer...


Vem...

Volta para mim e me ame...

Não me deixe assim tão opaco...

Preencha meu coração...

Que sem ti vive assim...

Tão fraco...


Sandro Paschoal Nogueira

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