Meia noite chega...
Querem acabar comigo...
Imprensarem -me em algum lugar escuro...
Longe das vistas...
Cheios de perigo...
A bebida entorpeceu minha mente...
Entrego-me aos sentidos facilmente...
Arrastando-me com ar de murta...
Somente testemunham as pedras na rua...
A luxúria me chama intensa...
Até quase esmagar o coração...
Carne branca e palmitante...
Sob muitas mãos...
Músculos hérculos da serpente...
Fazem-me revirar os olhos...
Tampam-me os meus gritos...
Ferozes algozes...
Quisera eu exausto quando...
No delírio da gula encontrasse-me absorto...
Pudesse ao delírio recomeçar...
Entre os abraços a me domar...
Pedras silentes...
Continuem assim...
A aurora se avisinha...
Amanhã outro dia...
Só terei lembranças bem sentidas...
Da noite por mim ...
Tão bem vivida...
Sandro Paschoal Nogueira
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