Herança de tudo que não sou...
Inocência do desconhecido...
Luto dos meus olhos....
Disfarçando na minh’alma a dor...
À morte que damos vida...
O sonho da terra que se pisa...
Soprem tarde os desenganos...
Dos tempos que hão de chegar...
Desejo de amor sincero...
No breve correr dos dias...
Nunca o presente é passado...
Nunca o futuro é presente...
De onde venho, poderei voltar ?
Peço ao vento que não uive e não gema tanto...
Grandes são os desertos e as almas desertas e grandes...
Hoje não me resta...
Senão saber isto...
Como a folha morta em lagos sonolentos...
Noite sussurrante de silêncios...
Como me engana...
Esse velho coração...
Como ainda desejo e sonho...
Ansiando pela ilusão...
Sandro Paschoal Nogueira
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