O meu coração desce...
Na tua ausência como um caixão à cova…
Sob o fustigante látego do esquecimento...
De dor violenta e não tão nova...
Que apego ainda mantenho?
Alma egoísta e fraca sou...
Desventuras que ouço...
E de tudo que passou...
Todos os dias de ti ouço falar...
Novo assunto sempre aparece...
Vil gênio me atormenta e a indignação me inspira...
E o povo que me beijava...
Era o mesmo que me enganava...
E tu, tu não te abrias...
E com olhares para outros sorrias...
E cego por ti fiquei...
Das horas à sombra dos teus gestos que fiquei...
Hoje canto e choro amargamente...
E a dor, indiferente, se faz latente...
A mesa posta a tua espera continua...
Embora meu sorriso tenha sido apenas um brinquedo...
Destruído pelas mãos tuas...
Sandro Paschoal Nogueira
Nenhum comentário:
Postar um comentário