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sexta-feira, 15 de março de 2024

Esperando


 

Que lucrei, eu, Senhor com o tempo perdido?

Num e noutro despojo me achando o que a vaidade me propôs...


Nunca mostramos o que somos, senão quando entendemos que ninguém nos vê...

Mas se ninguém nos vê o que importa afinal ser ou parecer?


Escoar-se é um desperdício...

Assim como aprisionar o vento...

Pouco se ganha...

Tanto se perde...

Tantas coisas sem sentido...


Homem que sou...

Ó divina esperança onde estás que comigo brinca...

E não me convida à dança...


Tu que transforma os sombrios pedadelos em sonhos dourados...

Que nos inflige e nos obriga a levantar da cama...

Virgem de eterno devaneio...

Que hoje minhas mãos não alcançam...


A rotina é tão pesarosa...

As mesmas pessoas enfadonhas...

Dentro de mim, a noite escura e fria se anuncia...


Que me olhar não se perca...

Entre tantos outros que passam...

E farto de fadigas...

E de fragilidades tantas...

Que amanhã...

Em outro dia...

Então...

Eu floresça...


Sandro Paschoal Nogueira

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