Preencher os anos que nos moldam...
A que destino...
A que ritmo, sem preço...
Co’as asas que lhes pôs benigna sorte...
Amigos da ventura...
Dos homens que não conhecemos...
Enquanto a turba ralha...
Somos nós as humanas cigarras...
Somos nós os ridículos comparsas...
Que atravessam o tempo...
Asas que em certas horas...
Erguem a um campo de maior altura...
E bebemos o doce vinho em nossa honra...
Que me importa que batam a minha porta...
Importa saber da importância...
Que entre nós, sem limite, vai lavrando...
Dia após dia...
Os múltiplos comprometimentos...
Sandro Paschoal Nogueira
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