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quinta-feira, 3 de agosto de 2023

Olhos ausentes


 

Todo o passado se dilui...

Também não se acumulam os dias...

Agora as verdades do que outrora foram mentiras...


Aos solavancos do destino...

Cresci e me criei...


Onde andam agora as vossas vozes?

Que horizontes colhem vossos olhares?

De que lhe valestes tanto mal a mim ter feito?

Tantos pesares...


Ouço vozes ao longe...

Que os ventos recolheram...

Olhos de ausência...

Caminho indeciso...

De onde vem?


Fito essa gente...

Que me rodeia e sempre rodeou...

Hoje só me comovem...

Tudo já passou...


Por silêncio e por renúncia...

Me vesti de vaidades...

Das dores que trago dentro do meu peito...

Das tormentas e tempestades...


Mas o que não me cansa...

É o que a brisa me traz...

É estar bem comigo mesmo...

Vivendo em paz...


Sandro Paschoal Nogueira

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