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sexta-feira, 15 de novembro de 2024

Cais


 

Eu sou o reflexo de mim mesmo...

Fragmentos de sonhos...

Um espelho quebrado...


O que fui, o que não fui, tudo isso sou...

Um mosaico de erros e acertos, em movimento...


A vida me moldou, com mãos de vento...

E eu me dei conta, de que sou frágil e flexível...


Aceito as curvas, os altos e baixos...

E aprendo a dançar, com os pés descalços...


No alento da existência, eu me encontro...

Alma flutuante, entre engano e desengano...


Mas ainda assim, eu sinto,

Que há uma luz, que me guia e me sustenta...

A rir, desnudo de sonhos não realizados...

No cais de onde nunca parto...


Sandro Paschoal Nogueira

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