Em todos os bares um bordel...
Vadias sem preço...
Segurando paredes pomposos bêbados...
Cães esfomeados...
Magros, cansados...
O pus escorre das portas às valetas...
Jovens fúteis...
Por favores fáceis e drogas...
Tornan-se proxenetas...
Gente de bem a vagabundear com a barba crescida...
Alguns desalinhados e fetidos...
Em todos os locais de turismo da cidade...
A disfarçar o pedacinho do céu perdido...
A falência da vida que vendiam...
Escondendo dores...
Decepções...
Vazios...
Atrás de falsos valores...
Disfarçados sorrisos...
É preciso suportar...
Fingir que nada faz sentido...
Não esmiuçar as parcas moedas...
Talvez estar também sempre bêbado...
Para esconder seu segredo...
É preciso viver entre os homens...
Disfarçar a hipocrisia...
Aspirar ao amor...
Para sufocar a dor...
Do grito vazio...
Da rotina maldita...
Do cansaço de tudo...
Do cansaço de todos...
Do cansaço da vida...
Sandro Paschoal Nogueira
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