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sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

CATIVO

 



#CATIVO


Então, meu destino...

Por fecundo amor à lua...

E o vento vem e tal qual me assombra...

Diante dos deuses profanos...

Sigo em falso desdém...


Sem náuseas e no cio...

A pretexto do frio...

Aflição dos aflitos...

No peito silêncio...

Cessa a alma o grito...


Coisas vãs que o mundo adora...

Começa o instinto...


Não acho o bem que me satisfaça...

Juro pelos céus a fé mais pura...

E a boca, com prazer, em lascívia murmura...


Os olhos requebram...

Então prometo o mais fiel carinho...

Esquento o sangue...

Irriço os pêlos...

E o coração deixa de ser gelo...


A frouxidão no amor é uma ofensa...

Sei disso...

E é esta a diferença...


Eu choro...

Eu me desespero...

Clamo e tremo...

Eu ardo...

Eu gemo...


Quando me entrego...

Tê-me cativo...


Sandrinho Chic Chic 


Caminhos de um poeta

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