Me fizeste sofrer e esperar...
Quando as emoções me afogavam...
A namorar as estrelas...
Pelas desertas ruas...
Quantas e quantas vezes...
Embriaguei-me te esperando...
E na surdina sem te encontrar...
E já descrente perdi-me com outros em qualquer outro lugar...
Cada um sabe o quanto que está sozinho...
E olha a tudo com olhos de sonho...
E aspira em silêncio os próprios ais...
Fazendo de conta ser tão feliz...
Enganando-se e querendo mais...
Oh dôce luz...
Oh lua que me contempla...
De engano em desengano...
Sou do que fui...
Um reflexo vago...
Confesso...
Entrego a ti meu abandono...
Em suas mãos me entrego...
Entrego a ti...
Porém, eu me dedico...
E prometo-me amar sem fim...
Mas não me faça...
A ti tanto esperar...
Já por destino derradeiro...
Podes perder-me...
E nunca mais me encontrar...
Sandro Paschoal Nogueira
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