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sábado, 15 de março de 2025

Perdido


 

Me fizeste sofrer e esperar...

Quando as emoções me afogavam...

A namorar as estrelas...

Pelas desertas ruas...


Quantas e quantas vezes...

Embriaguei-me te esperando...

E na surdina sem te encontrar...

E já descrente perdi-me com outros em qualquer outro lugar...


Cada um sabe o quanto que está sozinho...

E olha a tudo com olhos de sonho...

E aspira em silêncio os próprios ais...

Fazendo de conta ser tão feliz...

Enganando-se e querendo mais...


Oh dôce luz...

Oh lua que me contempla...

De engano em desengano...

Sou do que fui...

Um reflexo vago...


Confesso...

Entrego a ti meu abandono...

Em suas mãos me entrego...

Entrego a ti...

Porém, eu me dedico...

E prometo-me amar sem fim...


Mas não me faça...

A ti tanto esperar...

Já por destino derradeiro...

Podes perder-me...

E nunca mais me encontrar...


Sandro Paschoal Nogueira

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