Não sou mestre das cores...
Nem o senhor dos venenos...
Mas aprendi que as pessoas...
Não são aquilo que dizem ser...
Morei em corações...
E deixei que morassem no meu...
Construí meus sonhos...
E meus lábios muito se perderam...
Saudei a lua e as estrelas...
E pelo vento fui beijado...
Bem conhecem os mais velhos...
A que tudo repetem...
Com eles tive meu aprendizado...
Antes que tudo se perca...
Antes que tudo se esqueça...
A ingratidão...
Do espírito é a pior cegueira...
Só reconhecida após a desilusão...
Vi abismos...
Mas não a infernal descida...
Gosto amargo de alguns sentimentos senti...
Mas nem isso tirou-me a beleza da vida...
Anseios delirantes...
Tive...
Perpétuas saudades de minutos...
Acalentei...
O amor de quem quer que seja...
Clamei...
Pouco senti...
Tanto chorei...
Pus as mãos sob o rosto...
Gritos abafei...
Meus olhos marejados...
Escondi-os e os sequei...
Na embriaguez de minhas cismas...
Nos murmúrios de minha alma...
Muitas vezes confuso, perdido...
Dobrei meus joelhos...
E orei...
De contato a contato...
Nova vida...
Constantes aprendizados...
Do pensar na vida...
Essa entrega e fuga perpétua ...
Sim, ainda vago...
Busco em mim agora...
A vida feito festa para as vistas...
Abro-me, novamente, as portas...
Não para condenar...
Mas sim novos horizontes alcançar...
Se algum bem te fiz...
Não lamentes esta perda tal...
Mas peço-te que não me tenhas em mau juízo...
E que não me desejes o mal...
Sandro Paschoal Nogueira
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