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segunda-feira, 27 de maio de 2024

Embriaguez


 


Na embriaguez da cisma, um murmúrio...

Digam-lhe que amor me leva...

Já de tanto olhar cansado...

Um bem que o fosse deveras...

De tanto olhar à procura...


Desejo entranhável...

Donde mesmo este amor virá?...

Morto já é meu contentamento...

Velo meus sentimentos...

Em tantos e tantos olhares...

Sem encontrar...


Não sei onde isto há de ir ter...

Não é esta graça que quero...

Somente os céus me consentem...

Volver meus olhos aos dias nascentes...

E no coração voraz imenso...

Sufocar esse mal que tanto me dura...

Indo mais fora do caminho...

Acalentando meus sonhos sozinho...


Cousa certa que não acerto...

Pensando em estar mais perto...

Sigo sempre sonhando...

Em te encontrar em meus caminhos...


Por que é que me não disseste,

Toda a terrível verdade ?

Se eu conhecer a ventura...

Também posso perde-la cedo...


Deixo correr as horas fugidias...

E ao escapar do tempo não me entrego...

Antes amar-te em sonhos...

Do que ser árido deserto...


Sandro Paschoal Nogueira

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