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sábado, 27 de julho de 2024

Mesa vazia

 



O que não daria eu...

Num dia sem data...

A sentar-me em uma mesa...

Com aqueles que um dia me amaram...


Hoje tenho os lábios secos...

Os olhos marejados...

E arde-me a cabeça...

Do tempo passado...


O presente é todo o passado...

E também é todo o futuro...

Prossegue a música...

Entra mais na alma da alma...

E a lembrança é que entristece...

Essa terra de ninguém...


Espreito então pelas janelas de outrora...

Coisas que sempre soube mas que nunca quis olhar...

Tal a sorte às cegas...

Da nossa existência...


Ter e não perceber o valor que tem...

Perder e então compreender...

Feliz é aquele...

Que sabendo o que tem...

Ama e não se enlouquece...

Quando tudo se vai...

E nada mais vem...


Sandro Paschoal Nogueira

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