Total de visualizações de página

quarta-feira, 30 de outubro de 2024

Em teus olhos


 

"Em Teus Olhos"


Em teus olhos, um universo se abre...

Um mundo onde me perco de paixão...

Sinto que estou vivo, em teu amor...

Vibrando  meu coração...


A tua pele, um sol que me aquece,

O teu toque, um fogo que me consome.

Em teus braços, encontro meu refúgio,

E sinto que estou em casa, com você.


Rio profundo,

Que nos leva ao mar do infinito.

Duas almas, que se encontram,

E se perdem no amor, sem limite.


Em teus olhos, vejo o futuro,

Repleto de amor e luz.

Ao teu lado,

Para sempre,

O amor nos conduz...


Sandro Paschoal Nogueira

quinta-feira, 24 de outubro de 2024

Sonhos de louco


 

Tenho sonhos de louco...

E o meu desejo canta

Sonoro e profundo...


Vejo tesouros sem conta...

Amarguras, de dor, de desenganos...

Amores cegos e profundos...


Guardei segredos...

E tive medo...


Porém dizes que não te quero…


E eu te pergunto...

A quem devo tudo o que fiz?


As poesias mais belas...

Apenas olhares receosos...

Como o silêncio dos mudos...


E logo a noite corre...

E os dias seguem de fato...

E arde-me o peito...

De amar-te e ti estar preso...


Sandro Paschoal Nogueira

domingo, 20 de outubro de 2024

Murmúrios


 

E fere a vista...

E dum ou doutro...

Aonde agora quase sempre chego...

O indiferente...

O oposto...

O adversário...

O surdo-mudo...

O recalcado...

Grosso...

Mal educado...


Os mortos reclamam...

Enquanto batem os pratos...

Enrolam seus baseados...

Enchendo seus copos...


A melhor palavra...

É o silêncio...

As idéias...

Um sonho...

De um louco transloucado...

Onde se acenam somente os olhos...


Poderia beber a humildade...

Mas recuso o cálice sagrado...

Poderia comer com os porcos...

Mas sinto-me entendiado...


Prossigo meu caminho...

Desta obra a concluir...

Há vida...

Há murmúrios pelas praças...

Mas como nada vem de graça...

Batalho por existir...


E a triste e dúbia luz...

De quem tenta me ferir...

A Deus peço misericórdia...

Por assim esse coitado insistir...


Apenas magoa-me a saudade...

Do tempo em que habitava...

A transparência da inocência...

Em mim...

Roubada...


Sandro Paschoal Nogueira

sábado, 19 de outubro de 2024

Vagar


 

Imenso e fundo...

Desta meia vida...

Olhando o mundo...


Não põe fé...

Ao que observa e recolhe...

Em busca do que sonha...

Ou no que pensa que é...


Nu...

Sem cárcere e sem véu...

Em que tudo é força e calma...

Por obra da misericórdia...

Agarra-se a Deus...


Vida...

Em pedaços repartida...

Entre chegadas e partidas...

As saudades abrem as feridas...


Amarras...

Loucuras...

Perto ou distante...

Reconhece e inventa...

Nas palavras que diz...

Sua ventura...


Onde é que dói este  ferimento mortal?

Passa perto...

Passa longe...

Entre o bem e também o mal...


A luta é  apenas uma espécie de regresso...

Um sopro...

Um alento...


A terra que não muda...

Dá a vida e devora...

Apenas segue...

Entre as perdidas horas...


E de súbito...


Na rua que segue, tropeça...

Ri da noite embebecido...

Afinal o ocorrido...

É apenas mais um tropeço...

Dos sonhos e enganos...

Do menino desconhecido...


Vê...

Que aida há pouco...

O vento limpara o céu anoitecido...

E assim no tempo de não sei quando...

Às estrelas confessa o teu tédio...

De ver o longe tão perto...

E não achar-se reconhecido...


É só um vagar...

Entre uma lágrima...

E um sorriso...


Sandro Paschoal Nogueira

Noite escura


 

Mas olha, tal qual é...

Tudo de boa-fé...

Pregando olhos de fogo...

Adormeceu sorrindo…

Porém não acordou...


Madrugada gente que saiu...

Ninguem sabe ao certo o que aconteceu...

Como entrou, ninguém viu...


O que se diz...

Não pode ser bem verdade...

Mais vale o que supõe...

A vaidade...


Quando o primeiro me amou...

Muito me entreguei...

Até hoje assim sou...

Uns esqueci...

Outros nunca desapeguei...

Nunca consegui...


No murmúrio dos esgotos...

Das línguas leprosas...

De minha cidade pequena...

De fantasmas das óperas...

Talvez eu não valha nada...

Sob olhares maledicentes e invejosos...


Ah...O medo...

O medo come tudo...

Devora até o nosso sonho mais puro...


Toma para ti, de mim, o que quiseres...

Nada tenho mesmo...

Bebe do meu cântaro se tens sede...

Mas não me desprezes...


Tens fome?

Comes do meu pão...

Entrego-te a ti o que mais do mundo escondo:

É seu...

O meu coração...


Silêncio imposto...

Cujas máscaras escondem meu verdadeiro rosto...

Que grande bem me queira...

Para fazer-me adormecer sorrindo...

Seguindo meu estranho caminho...


Não digas nada a ninguém...

Que eu ando no mundo triste...

E que aqui apenas existo e só...

Noite escura tanto quanto eu...

Vivendo e sonhando...

Tendo apenas as estrelas...

Para disfarçar o breu...


Sandro Paschoal Nogueira

sexta-feira, 4 de outubro de 2024

Deslumbramento


 

Entre tantas misérias...

Poucos buscam a Verdade...

A grande maioria apenas ora...

Contentando-se com o sorriso que chora...


Deslumbramento...

De rudes caminhos...

Murmúrios entre as sombras e os ninhos...

Enquanto os anos passam...

E a vida segue em desalinho...


Tudo na vida está em esquecer...

Ou não,  o dia que passa...

Tua vitória está em saber que não é hoje...

Amanhã será?


Nos desafios do tempo...

Esmorece a esperança...

E na violência que chora...

Não te culpas, mas culpas as horas...


Mas se faz no seu cuidado...

O bem que apenas em sua alma retrata...

Sedento de justiça...

Justiça torta...

E malfadada...


E tendo passado a vida...

E tão pouco compreendido...

Onde se oculta o pavor...

De tão pouco ter aprendido...


Eco...

Vai o grito da cegueira...

Perseguindo a funesta sorte...

Fugindo da morte...


O coração já não sente...

As asas da fantasia...

Agora já perdida...

Busca nas esquinas...

Enganando-se todos os dias...


Mas não desisti da estranha jornada...

Imposta pela sua má vontade...

Não lhe depara o gozo...

Só chora saudades...


Alma de vácuo imenso e fundo...

E desta meia morte...

Continuas a olhar o mundo...

Platéia das cousas mortas...

De vento que sopra...


E responde sorrindo à cruel realidade...

Disfarçando a perdida mocidade...


Perdido estás...

Sob estranho véu...

Pedindo aos céus...

Um novo amanhã...


Sandro Paschoal Nogueira