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domingo, 9 de junho de 2024

Ingratidão

 



Passeia o teu olhar pelos meus recantos...

E se assim o desejas...

Dou-te a alma inteira...


Tudo fiz para ti...

E ingrato fostes...

Pagando-me com a ingratidão...

Sem fim...


Que importa?

Ninguém sabe...

Nem tu mesmo o sentes...


Entreguei-me em tuas mãos o que escondo dentro...

E foste indiferente...

Nada sentistes...

E ainda nada sentes...


Procuro-te por dentro da noite...

Ponho-me no silêncio nas horas duvidosas...

Morto é o contentamento...

O engasgo tão grande...

Que aperta-me o coração...


Não sei se fiz mal, se bem....

Mas fiz...

O dia e a noite são iguais por dentro...

E sigo com a ilusão...

Alimentando esse redemoinho de estranha situação...


Peço-te em pensamentos...

Não me atrevo a dizer-te...

Não me esqueças...


Embora ouça  o eco do amor há muito soterrado...

Mas o que tem de acontecer que aconteça...

Triste escolha...

Triste fado...


Sandro Paschoal Nogueira

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